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Dez mil barcelenses em Lisboa contra fecho da Maternidade
08/05/2006
Dez mil barcelenses em Lisboa contra fecho da Maternidade

Cerca de dez mil barcelenses deslocaram-se ontem de Barcelos a Lisboa para se manifestarem à porta do primeiro-ministro contra o encerramento da maternidade da cidade, uma decisão que consideram errada, injusta e discriminatória.
Transportados em 115 autocarros, os barcelenses, na maioria mulheres, mas também muitos homens e algumas crianças, manifestaram-se junto da residência oficial do chefe do Governo, José Sócrates, prometendo não desistir da maternidade.
Os martinenses marcaram mais uma vez a diferença, sendo das 89 freguesias do concelho, a que levou mais pessoas a Lisboa. De Martim partiram pouco depois das 7 horas de ontem sete autocarros em direcção a Lisboa. Os mais de 350 martinenses, crianças, mulheres e homens quiseram mostrar a sua indignação em Lisboa pelo anunciado fecho da maternidade de Barcelos.
Uma delegação de 11 manifestantes foi recebida por um assessor do primeiro-ministro a quem entregou as conclusões de uma conferência realizada em Barcelos, nas quais se considera que “o serviço de maternidade do Hospital Santa Maria Maior tem as condições adequadas para atender as parturientes”.
Numa manifestação ordeira e organizada, onde as pessoas vestiam t-shirts com a fotografia de um recém-nascido e a frase “o direito de nascer em Barcelos”, gritava-se “Sócrates escuta, Barcelos está em luta”.
Martim também marcou presença com um cartaz enorme a dizer 'Martim- Queremos nascer em Barcelos', com as cores da nossa bandeira: amarelo e azul.
Presente na manifestação, o deputado social-democrata Fernando Santos Pereira, eleito por Braga, disse que a decisão de encerrar a maternidade de Barcelos “está errada e é injusta” e os cidadãos “vão até ao fim” na defesa do que consideram estar certo.
Também o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Fernando Reis, do PSD, considera “não haver justificação técnica para a decisão”.
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, minimizou os protestos marcados para ontem contra o encerramento de maternidades e garante que a decisão é para manter. “Eu não sei se é um dia de luta contra o encerramento de maternidades”, disse o ministro a propósito das várias manifestações marcadas para ontem, Dia da Mãe.
Rejeitando a hipótese de recuar na decisão de encerrar várias maternidades e blocos de partos no país, o ministro sublinhou que “não é possível rever uma decisão que é um imperativo técnico. O que está em causa é a qualificação dos locais”.
Sobre a questão do encerramento de maternidades em que houve investimentos recentes, Correia de Campos referiu que “o mais importante não é o equipamento, são os recursos humanos. Temos carência de médicos obstetras”. “Os jovens médicos não se sentem atraídos pelos locais onde se fazem menos de dois partos por dia”, disse Correia de Campos.
O encerramento do bloco de parto de Barcelos foi decidido a 14 de Março deste ano, dia em que António Correia de Campos assinou um despacho neste sentido.
O despacho determina o encerramento do bloco de parto até 30 de Junho.
Uma verdadeira romaria que, após a manifestação junto à residência oficial do primeiro-ministro, seguiu para o Parque das Nações para almoçar. A viagem correu dentro da normalidade e os martinenses chegaram a casa passava pouco das 22 horas.

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