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Martim foi notícia no Correio do Minho
04/10/2012
Martim foi notícia no Correio do Minho

in Correio do Minho (4 Outubro 2012)
texto: Costa Guimarães

Martim anseia por construção
dos novos centros escolar e de saúde

A construção de um novo centro escolar e de um novo centro de saúde constituem os dois sonhos de António Augusto Martins de Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Martim,
em Barcelos.
Tendo Manuel Araújo da Silva na Secretaria e Manuel da Silva Barbosa, António Carvalho lidera um executivo há 11 anos, depois da primeira vitória de Martim Activo, constituída por um grupo de 18 martinenses que se mantém coeso.
Essa coesão perpassa por toda a actividade que a autarquia desenvolve desde sempre, teimando em chamar os martinenses à participação sem atropelo das identidades e dos objectivos que orientam cada associação ou instituição.
“Cada um tem as suas responsabilidades e no nosso grupo de trabalho cada um tem as suas missões definidas – explica o nosso cicerone.
É assim que foram conseguidas e se mantêm “relações óptimas com a paróquia, liderada pelo Padre Aurélio, com o Académico de Martim, a Casa do Povo, o CNE, as comissões de festas, a Confraria do Senhor, os grupos corais, a catequese com 300 crianças, tudo se desenvolve em harmonia”.
“Aliás, sublinha António Carvalho, todas as famílias estão envolvidas em alguma actividade ou associação, oque gera um dinamismo agradável que contribui de forma sustentada e visível para o desenvolvimento da freguesia”.
“É engraçado, é uma freguesia com piada. Quando é preciso alguma coisa, toda a gente aparece” – constata o autarca que destaca mais o apoio logístico que financeiro às associações porque elas são quase autónomas a nível financeiro, apoiando-se umas às outras com aquilo que cada uma têm”.
O melhor que o nosso grupo conseguiu foi “eliminar alguns fantasmas político-partidários. Hoje não há atritos ou guerrinhas que dividiram a freguesia. As pessoas acabam por estar mais ligadas porque os objectivos são comuns, sem sobreposição de actividades para não se atrapalharem umas às outras”.
É em torno deste grupo que a população de Martim começou a celebrar há onze anos o seu dia, para agregar todas as pessoas, numa jornada de convívio, cultura e lazer que é já uma referência no concelho de Barcelos.
Aproveitando o facto de a maior parte das pessoas estar de férias e os emigrantes também estarem por cá, a Junta de Freguesia pensou em juntar todos num convívio saudável, dando-lhes a possibilidade de participarem numa série de actividades e, também, de 'matarem' saudades da Terra e das gentes de Martim.
Gaspar Oliveira e Silva é o presidente da Assembleia da Freguesia, secretariado por Filipe da Silva Barros e Patrícia Manuela Sousa.
A nossa visita guiada a Martim começou na exígua sede de Junta de Freguesia que também acolhe o Agrupamento do CNE de Martim, bem como um posto de atendimento do Centro de Emprego (que serve também as freguesias de Encourados, Adães e Airó).
Com atendimento permanente, ali os eleitores de Martim podem receber apoio para o preenchimento de impostos e outros documentos oficiais. Na sede de Junta funciona também um pólo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão para a certificação de competências onde “muita gente obteve o nono e 12.º ano de escolaridade”.
Dali, depois de observarmos o belo centro cívico constituído pela Igreja, Salão paroquial e cemitério, seguimos para o novo Jardim de Infância que funciona desde Janeiro de 2008, com 50 crianças divididas em duas salas. Trata-se de um edifício construído de raíz num vasto terreno da Freguesia que acolhe uma área verde de lazer e parque de merendas e um pequeno campo de futebol patrocinado pelo Instituto do Desporto de Portugal, Federação Portuguesa, no âmbito do programa Hat-trick.


A zona de lazer, além de acolher o Dia de Martim, é aproveitada por outras associações para a realização de eventos como os convívios de motards ou o “free party”.
Com acesso, num sentido, uma vez que é muito estreito, a Escola Primária aguarda a construção do Centro Escolar, que deve acontecer até 2013, espera o presidente da Junta de Freguesia.
O Centro Escolar vai aproveitar uma parte da actual escola primária que será ampliada de forma a poder corresponder às novas exigências do ensino, Com a construção deste Centro Escolar será rasgado um acesso que fará a comunicação com a “pré-primária”. Com a conclusão dessa obra, as crianças de Encourados e de Martim podem usufruir de uma escola mais agradável, com espaços de recreio, biblioteca e cantina com cozinha (que agora funciona num contentor).
No que se refere aos 2.º e 3.º ciclos, Martim é servida pela Escola EB 2/3 de Cabreiros, sede do Agrupamento Braga Oeste que acolhe também as freguesias de Sequeade e Bastuço.
António Carvalho destaca o brilhante trabalho que é desenvolvido pela Associação de Pais, uma IPSS que presta serviços nas refeições escolares, transportes de crianças, apoio à família e as actividades de enriquecimento curricular.
“A Associação de Pais poupa muitas energias e canseiras à Junta de Freguesia” – observa o autarca
Divida em duas partes pela Estrada Nacional Braga-Barcelos, Martim é hoje uma freguesia dotada de cobertura total de água, saneamento, cujas obras permitiram a renovação de pavimentos, mediante um acordo celebrado entre a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal e a empresa Águas de Barcelos.
Estes serviços básicos chegam a toda a população que deles precisa.
Mercê da delegação de competências, praticada pela gestão municipal, neste mandato, a Junta de Freguesia pôde fazer obras a ponto de António Carvalho afirmar que “a rede viária está muito bem e há apenas pequenos problemas que podem ser facilmente resolvidos”.
“A regra dos 200% para financiamento das freguesias dignificou as freguesias e constitui uma oportunidade para que a Junta de Freguesia seja mais responsável” – comenta António Augusto Carvalho, enquanto deixamos a Escola Primária com os seus 116 alunos dispersos pelas oito salas de aula. Seguimos até ao Largo de S. António, dominado pelo cruzeiro e pelo belo chafariz encimado por uma imagem em pedra do santo português que inspira a maior festa religiosa do povo martinense, apesar da padroeira ser Santa Maria, celebrada a 15 de Agosto.
O arranjo urbanístico foi dinamizado em cooperação estreita com a comissão de festas.
O Natal e o Carnaval são outros momentos grandes da afirmação religiosa, no primeiro caso, e foliona da população.
Seguimos dali para a “menina dos olhos” de Martim, o novo Complexo Desportivo, percorrendo algumas novas artérias, como a Estrada Real ou a Rua dos Pomares, (alternativa à estrada nacional) ou ainda a rua 9 de Julho (que evoca o antigo campo de jogos) que liga Martim a Cabreiros e Pousa através da rua de Labriosque.
O Complexo desportivo constitui a coroa de glória após sete anos de combate. Agora é gerido pela Junta de Freguesia que está a preparar protocolos para celebrar com o Académico de Martim e a Casa do Povo de Martim para a sua utilização.
Neste momento, o Académico já lá tem um bar de apoio, mas continua a ser a autarquia quem paga luz, água e gás.
“Não é um elefante branco porque tem utilização contínua mercê do fantástico trabalho do Académico de Martim, com equipa sénior e equipas em todos os escalões de formação” – adverte o autarca.
Aquele complexo acolhe ainda espaços destinados à Luta Greco-romana, rancho folclórico e salas de formação. Dispõe de “espaços suficientes para fazer face às necessidades que as associações da terra têm” – acrescenta António Carvalho, dando conta de cinco lojas para arrendar que podem ajudar nas despesas de manutenção.
Dotado de uma relva sintética assente em gravilha, o piso do campo de futebol é menos duro e não aquece tanto.
O recinto é utilizado também pelas equipas femininas de futebol da Casa do Povo de Martim.
Olhando para o trabalho desenvolvido, António Carvalho dá também nota positiva à EDP que conseguiu substituir todos os Postos de Transformação acabando com “os muitos problemas que existiam no abastecimento de energia à freguesia”.

Centro de Saúde
Saiu do PIDDAC

Uma das maiores preocupações ou ansiedades da população de Martim centra-se nos atrasos da construção do novo Centro de Saúde.
“Esteve inscrito no PIDDAC (Plano Interministerial de Despesas de Desenvolvimento da Administração Central), já existe projecto aprovado e a obra estava pronto a avançar mas foi travada com a austeridade em que o país mergulhou, tendo sido retirada” – explica o presidente da Junta.
“A todo o momento pode avançar - espera ao autarca – para prestar o serviço de qualidade que merecem os sete mil utentes.
Neste momento, a Extensão de Saúde funciona num primeiro andar de um edifício contíguo à sede de Junta de Freguesia, obrigando as pessoas idosos e fragilizadas a ter que subir e descer escadas, o que é uma situação delicada.
Em termos de pessoal, o Centro de Saúde possui quatro médicos e “após um período de alguma conturbação, está a funcionar muito melhor e pacificado com a chegada do doutor Villas Boas. Tivemos muita sorte com a sua vinda para cá”.
“Gostávamos de ver esta obra concretizada antes de terminarmos o nosso último mandato” – desabafa António Augusto Carvalho.
No que se refere ao novo Centro Escolar, o autarca também a considera uma “obra fundamental porque temos apoiado sempre a educação e só ficaremos bem servidos se o Centro escolar avançar”.
Outro sonho de Martim é a construção de um salão polivalente ou multi-usos e tanto pode ser construído no terreno à beira do Jardim de infância u junto ao Complexo desportivo.
Concluindo onze anos de mandato em Janeiro, António Augusto Carvalho não tem dúvidas em afirmar que os momentos “mais difíceis são as lutas que travamos para conseguir os nossos anseios e uma das que me ficou foi a demora na construção do Complexo Desportivo. Foi um combate longo e desigual, com a falta de dinheiro, com as burocracias no Instituto de Desporto, Estradas de Portugal, Bombeiros, com mudanças de governo e conseguimos a garantia financeira quando já estávamos quase a desistir”.
Agora, “a satisfação é contínua, desde as obras realizadas até ao ver a freguesia unida, com associações dinâmicas e a adesão da população a todas as iniciativas. Conseguimos eliminar problemas que afastavam as pessoas e hoje, novos, adultos e velhos, todos, se unem para participar” – conclui este autarca que tarimbou durante dez anos no Académico de Martim.
Um dia, um grupo de martinenses, reflectia sobre a forma “desgarrada” como as coisas funcionavam e “juntamo-nos com pessoas que podiam fazer alguma coisa melhor e não limitar-se a dizer que está mal, a criticar”. Dos nove, cada um escolheu mais um e assim nasceu o “Martim activo, um movimento que ainda mantém todos os 18 elementos iniciais”, sempre independentes”.
“Nos meios pequenos, os partidos servem mais para dividir que para juntar e nós conseguimos manter a actividade com harmonia e solidariedade. Fomos felizes” – conclui.

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